Em meio ao caos das enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul, os artistas
Leo Monassa e Vitor Goiz, encontraram na música um espaço para comunicar e refletir sobre a maior tragédia climática da história do estado e seu impacto nas pessoas, nas cidades, nas relações humanas e no cenário cultural do RS. Entre as rotinas no voluntariado, os shows cancelados e muita incerteza nasce o projeto SOUL51, que proporcionou atividades de interação como ensaios; debates; exercícios de composição musical; gestão de projetos culturaise comunicação digital, envolvendocerca de 15 agentes culturais da comunidade do bairro Bom Jesus, periferia de Porto Alegre,resultando na faixa “E depois da água?”, single disponível em todas as plataformas digitais. A canção propõe um olhar sensível sobre as nossas escolhas coletivas e individuais. É um chamado para pensar o que resta e o que renasce depois da água.
Abordando reflexões sobre arte, meio ambiente e o papel da cultura digital como ferramenta de registro histórico e cultural, “E depois da água?” foi lançada na mostra “Cidade Hipotética” no Auditório do Instituto Goethe em Porto Alegre. Além de trabalhada de forma lúdica junto às turmas do 3° ao 9° ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Prudente de Morais, também na capital. “E depois da água?” está presente nos repertórios dos artistas, criando nos shows uma janela de acolhimento e reflexão sobre o tema. Atualmente o projeto segue observando os desdobramentos e efeitos das enchentes no território e no ambiente da cultura, além de batalhar pelo financiamento para a finalização em estúdio de outras três canções autorais.
