O Reviravolta é um projeto da Qualificar para Incluir, Associação de Solidariedade Social propõe uma intervenção socioeducativa integrada e
temporária para crianças e jovens com insucesso escolar, absentismo e risco
de exclusão social. A solução combina dois eixos principais: o socioemocional, com mediadores dedicados que aplicam uma abordagem sensível ao trauma, garantindo um
ambiente seguro e promovendo bem-estar, autonomia e desenvolvimento pessoal;
e o das aprendizagens, através do Modelo Pedagógico VOAR, que usa metodologias
centradas no aluno, alinhadas com o currículo nacional, permitindo recuperar
conteúdos essenciais e reforçar competências académicas e socioemocionais.
No Ensino Básico, os alunos são temporariamente retirados do contexto escolar
regular e integrados num ambiente mais especializado, com apoio intensivo e
ligação ao Agrupamento de Escolas Infantes D. Henrique – Porto, ao abrigo de um protocolo com o Ministério da Educação para docentes
presenciais. No Ensino Secundário, o apoio realiza-se no próprio contexto escolar, complementando as aulas com acompanhamento individualizado e orientado para
a preparação para o mercado de trabalho ou continuação de estudos.
A intervenção é progressiva, garantindo a autonomização dos participantes, a sua
reintegração no ensino regular ou em percursos profissionais, e acompanhamento
contínuo pelos mediadores, mesmo após a reintegração, para assegurar o sucesso académico e a inserção sócio profissional.
O impacto social positivo do Projeto Reviravolta manifesta-se em dois níveis.
A curto prazo, a intervenção pretende reduzir o insucesso e o abandono escolar
precoce dos jovens participantes, ajudando-os a recuperar competências
académicas essenciais através de uma metodologia pedagógica inovadora e de um
acompanhamento personalizado por tutores. Paralelamente, o trabalho socioemocional visa estabilizar a saúde mental dos participantes, prevenindo
problemas como ansiedade, depressão e comportamentos de risco. A médio e
longo prazo, espera-se que estes jovens estejam mais preparados para prosseguir
estudos, alcançar qualificações mais elevadas e integrar-se plenamente no mercado
de trabalho e na sociedade, tornando-se adultos responsáveis e autónomos. Este
efeito positivo estende-se também às suas famílias, quebrando ciclos de pobreza e
exclusão. Além disso, ao reduzir o insucesso e a exclusão social, o projeto contribui
para diminuir o desemprego juvenil e a delinquência.
