Aos 12 anos, Ana Filipe viu pela primeira vez uma mulher a executar o giro sufi – Petra Pinto – e essa imagem desfez uma crença até então tida como certa: a de que o giro era exclusivo dos homens. Aos 18 anos, pediu-lhe para ser sua mestra, iniciando um percurso de mais de uma década, entre atuações com música gravada e ao vivo, sempre em diálogo com a poesia de Rumi. É uma forma de meditação em movimento, que se pode revelar bastante catártico e transformador: giramos em direção ao centro de nós e vemo-nos verdadeiramente crus.
Com poucos praticantes desta arte em Portugal, Ana aprofundou o seu caminho com residências artísticas em Madrid, com Ziya Azazi, e em Zurique, com Nicole McLaren – duas experiências com objetivos distintos: consolidar a sua expressão como bailarina sufi e estudar metodologias pedagógicas para transmitir esta prática a quem, cada vez mais, lhe pede para aprender.
O workshop de Giro Sufi tem a duração de 4 a 5 horas e inclui:
– Introdução à história e contexto espiritual e artístico do giro;
– Treino técnico e consciência corporal;
– Exercícios para desenvolver o ouvido interno e a concentração;
– Prática de giro prolongado, culminando numa “Whirling Party”, onde os participantes são convidados a girar por 1 a 2 horas, numa experiência que se torna tão natural quanto caminhar e tão libertadora quanto voar.
Fora do palco, Ana é também produtora, estudante de direito e burocrata apaixonada pela organização do caos.