V E S T I – M E D E V E R M E L H O
[para que me visses no meio da multidão…] De Susana Paiva
Sinopse:
Este espetáculo é um monólogo teatral e poético, que tem por base um livro de poesia da autoria da atriz e encenadora e tem música original minimalista, que acompanha todo o espetáculo. Reflete o desfilar dos pensamentos de uma mulher que vive no sótão das suas memórias, memórias de uma relação que sonha e que não se sabe se alguma vez chegou a existir, por falta de coragem em assumir o que sente. “Vesti-me de Vermelho [para que me visses no meio da multidão]” pretende provocar um acordar para uma realidade constante e crescente e ajudar a refletir sobre a nossa incapacidade de demonstrar amor. Os poemas surgiram de forma espontânea, resultado de uma reflexão silenciosa sobre uma realidade que se torna gritante. O ser humano é um ser emocional. Que não nos falte a coragem para assumir o amor.
O alco é dividido entre um sótão e um jardim. A personagem vagueia entre um e o outro espaço desfilando memórias. A atriz contracena consigo própria, na voz off que é disparada no trecho musical.
Prólogo em jeito de Sinopse:
Vesti-me de vermelho, para que me visses na multidão…
E se de cores me visto, é para que o preto e branco da tua memória se pinte de verde.
É nos dias que correm, que te quero colorir e do preto fazer branco e da chuva fazer sol…
Pinto-te por dentro para que de fora se veja o bonito do teu matiz no sorriso do meu rosto… Pinto-te por dentro e anseio ver-te romper os céus com cores que só eu conheço…
Vesti-me de vermelho e sei que me reconheces no meio da multidão…
Ficha Artística:
Texto, dramaturgia, interpretação e encenação: Susana Paiva
Música: Leonel Ranção
Vídeo e desenho de luz: Victor Melo
Biografia
Susana Paiva inicia o seu percurso artístico no teatro, em 1999, no TeatrUBI – Teatro Universitário da Beira Interior, na Covilhã, onde exerceu funções desde a atriz, cenógrafa e figurinista, até ser diretora do grupo em 2002.
Ingressou na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE) em 2003 no Curso de Teatro – Interpretação onde trabalhou com José Topa, António Durães, Rogério de Carvalho, António Mora Ramos, Inês Vicente, Claire Binyon, João Paulo Costa, entre outros.
Em 2005 participa no Festival Internacional de Teatro de Rua “Imaginarius”, no espetáculo “Xarxa 25” da Companhia “La Fura Dels Baus”.
Conclui Licenciatura Bietápica em Teatro – Estudos Teatrais em 2007.
Desde 2008 que é encenadora de teatro de amadores no Concelho de Paredes e desde 2016 que encena um grupo de teatro no concelho de Valongo. Os textos são na sua grande maioria da sua autoria ou faz adaptações dramatúrgicas de textos dramáticos de vários autores. Nesse ano fez também parte da Associação Cultural Panmixia, onde trabalhou com José Carretas. Foi atriz, deu formação teatral e fez produção. Paralelamente à sua formação na ESMAE, faz vários Masterclasses e Estágios em Commedia Dell ‘Arte e Técnica de Clown, trabalhando com Filipe Crawford, Mário Gonzales e Ferruccio Soleri, Alex Navarro e participa, por várias vezes, no Festival Internacional de Máscaras e Comediantes organizado pela Casa da Comédia. Obtém o Certificado de Aptidão Profissional (CAP) no Curso de Formação de Formadores.
Em 2009 inicia o Curso de Mestrado em Encenação/Interpretação na ESMAE.
Desde 2010 que dá aulas de Expressão Corporal e de Expressão Dramática a alunos do Curso Profissional de Animação Sociocultural e Apoio à Infância, em várias escolas do distrito de Braga, Viseu e Aveiro, atividade que ainda hoje exerce, neste último concelho. Inicia o seu percurso como atriz no grupo “Companhia do Jogo” de Albergaria-a-Velha, representando, onde em 2016, interpretou a peça “Perdição ou exercício sobre Antígona”, encenada por Victor Valente e texto de Hélia Correia.
Em 2012 ingressou no grupo Dream Metaphor e desempenhou funções de atriz, aderecista, figurinista, cenógrafa e gaiteira. Participou dos espetáculos “Terra Fria”, “Zanganitos” , espetáculos comemorativos dos Solstícios e Equinócios e no “Utopia e o Excesso da Realidade”, cujos textos são da sua autoria. Em dezembro desse ano, termina o Mestrado em que a tese de Mestrado se centra no “Ensino e aplicação do trabalho com máscara em Portugal”, tendo por base testemunhos e técnicas de Filipe Crawford, Nuno Pino Custódio e Sofia Cabrita.
Em fevereiro de 2014, ingressou no Curso de Pós-graduação em Teatro e Comunidade, ministrado também na ESMAE. O artigo que desenvolveu centrou-se na temática “Será possível aplicar o trabalho de Clown a adolescentes sem formação teatral”. Este trabalho foi desenvolvido no processo criativo que teve como resultado o espetáculo “Não grites que assustas a borboleta” com o Grupo de Teatro Juvenil GJNE da Sobreira- Paredes.
Em 2017, passa a desempenhar funções de atriz na Companhia profissional Teatro Art’Imagem, do Porto, com o espetáculo “O Fascismo [aqui] nunca existiu!” e em 2019 representa em “Os anos que abalaram o [nosso] mundo”, espetáculo da mesma companhia e encenação de José Leitão. Espetáculos que compõem uma trilogia que vai desde 1945, no final da II GM, até aos nossos dias.
Em 2020/2021, devido ao contexto de pandemia, não desenvolveu atividades na área do teatro, mas lecionou a disciplina de Expressão Corporal e Dramática, a cursos profissionais de Técnico de Apoio à Infância e de Ação Educativa, em Oliveira de Azeméis e Viseu. Acompanha e orienta Provas de aptidão Profissional e Formação em Contexto de Trabalho.
Em 2022 reinicia encenações nos grupos de teatro de amadores nos Concelhos de Paredes e Valongo e vai repor e reiniciar digressão com os espetáculos “O Fascismo [aqui] nunca existiu!” e “Os anos que abalaram o [nosso] mundo”, do Teatro Art’Imagem.
Em 2022 trabalho com António capelo e o Teatro do Bolhão em dois espetáculos de teatro comunitário.
Neste ano leva a cena o espetáculo “Vesti-me de Vermelho”, de Susana Paiva ao qual nos candidatamos, com textos, interpretação de sua autoria, e encenação, com música original de Leonel Ranção e Luz e vídeo de Victor Melo.