Sinopse: O núcleo de obras, em exposição, exploram as questões da autoria e da sua negação, assim como o processo inconsciente da criação. As telas pintadas são expostas revelando o lado oposto do que foi inicialmente pintado. O resultado final é controlado pela procura do acaso, numa contradição do papel tradicional do artista e da sua ação durante o processo criativo. Um objeto inesperado que torna o artista também ele público da sua própria obra, uma espécie de déjà-vu que se “sonha” no processo e se “materializa” no ato de ver, a fuga enquanto “criador“ em prol de uma aproximação enquanto espetador.
Biografia:
João Sobreira
(1984, Leiria, Portugal)
Licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, e com mestrado em Artes Plásticas pela Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha, com dissertação centrada na investigação sobre auto representação e sua negação. No seu percurso artístico, participou em diversas exposições individuais e coletivas, a nível nacional e internacional, nomeadamente nas cidades de Leiria, Lisboa, Beja, Aveiro (Portugal) e Ekaterinburg (Rússia). Tem a sua obra representada nas coleções da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e do Ekaterinburg Museum of Fine Arts.
A sua obra artística engloba pintura abstrata com recurso a técnica mista, pintura figurativa a óleo e acrílico, trabalhando também em calcografia, serigrafia, desenho e ilustração digital.
Descrição do projecto:
A exposição consiste em 16 telas de 160x99cm em que o artista explora questões de expressão individual em que o resultado não é totalmente controlado por si próprio. A tela exposta é o reverso da tela pintada, em que o próprio pano intervém na criação, deixando uma vertente de acaso derramar-se sobre as obras. Coloca-se assim no papel, além de criador, também espectador da sua própria obra. O resultado é um traçado onírico de jogos de cores, luz e sombra que envolvem o público numa procura por si mesmo.