Mecanismo dominante do contemporâneo, com a imagem falamos de forma breve, sem bloqueios ou grandes inquietações. Porém, a fotografia não é uma produção de imagens inocente ou puramente mecânica, restrita ao momento da sua captura; ela é objeto de comunicação, conta histórias, transmite mensagens e guarda memórias, é um “certificado de presença” (Barthes).
A fotografia representa, potencialmente, uma das melhores formas de expressão e libertação daquilo que há de mais interno em nós. “DESPHOCO fotografia e bem-estar” nasce desta vontade em compreender e dar voz ao que é interno, potencializando intencionalmente a consciência sobre nós mesmos e sobre as comunidades onde estamos inseridos, através de uma ferramenta criativa fácil, acessível e leve: a imagem.
No sentir e pensar está frequentemente a confusão, um estado de aparente «desfoco» onde a sintonia com o encontro de soluções por vezes é de nebulosidade. Quando mediados por um facilitador, esses processos ganham luz e tendem a revelar-se oportunidades eficazes de partilha, desenvolvimento e evolução.
“DESPHOCO fotografia e bem-estar” usa a imagem como forma de intervenção. A missão é, sem dúvida, a promoção de um desenvolvimento mais consciente e positivo, individual e/ou da comunidade, usando como mediação ferramentas que favoreçam o aprofundamento do contacto com o pensar e o sentir – através da fotografia.
Será Rosalinda Chaves a facilitar esta atividade. Nascida em Caldas da Rainha, cresceu no meio das câmaras, dos rolos e do cheiro a químicos de revelação. Conhecida pela sua perseverança, espírito de partilha e capacidade de irritar qualquer um, tornou-se Psicóloga. Internamente irrequieta, socialmente interessada e achando sempre o saber insuficiente, nunca parou de estudar, sendo o seu percurso divergente entre a clínica e aquelas coisas que devolvem-o-poder-às-pessoas.
Aprendeu sobre dependências, especializou-se no trabalho com séniores e continua a aproveitar os treinos internacionais em Mindfulness… mas o que apaixona são as metodologias participativas. Foi aluna do Mestrado em Intervenção e Animação Artísticas, e foi aí que redescobriu a fotografia.
Com o primeiro projeto de photovoice – “Nunca Pensei Ser Artista” confirmou que a imagem detém um enorme potencial terapêutico. É convidada a participar em congressos, facilitar workshops e escrever artigos e em 2021 cria “DESPHOCO fotografia e bem-estar”.
A frequentar a pós-graduação em Therapeutic Photography, coordenada por Neil Gibson na Escócia, inicia uma nova etapa: dar seriedade e credibilidade à fotografia como intervenção.
Através deste workshop, será possibilitado um contacto experiencial e introdutório ao que é isto de usar a fotografia, intencional e conscientemente, como forma de construção do desenvolvimento e identidade(s). Sentir na pele o seu potencial.
Conheça este projeto.